Inferno na Torre
5º VI A1+ D2 E3
Montanha: Três Pontões de Afonso Cláudio
Cadastrada por: Luciano Bender, em 01-11-2025 às 15:54
Modalidade: Tradicional Clássica
Tipo de via: principal
Face: sul
Tipo de escalada predominante: fissura/fenda
Extensão: 300 metros
Descrição: Via de acesso ao cume do Dedinho, cujo trecho inicial serve para todos os pontões.
O Dedinho impressiona por sua verticalidade e largura: um pilar de pedra de cerca de 90 metros de altura por 10m de largura que se desprende dos Três Pontões a cerca de 200 metros da face sul.
Para chegar, vá pelo lado sul e suba de carro até encostar na pedra (já bem alto). Atravesse uma pequena lavoura, desça até o riacho e vá em direção à rocha. Vá para a esquerda até ficar na direção dos pontões. Após uma escalaminhada (problemática se chover) vai encontrar uma pequena chaminé que marca o início da via. Ao chegar ao Dedinho, a via o contorna e termina praticamente na face sul novamente. O lance final, ligeiramente negativo, é muito bonito e o cume é limpo.
A via Inferno na Torre começa na base do pilar e se inicia na P6 da via normal. Sua maior dificuldade fica logo depois da base do dedo, onde é mais fina do que no cume, em um leve negativo de V grau onde se utiliza um friend #3 (avaliar também o estado de um piton "fixo" da conquista como proteção). Nesta via, deve-se ter atenção redobrada com relação à corda, pois as quinas do dedo são famosas pelos estragos que causam.
Na "primeira enfiada" do dedinho, Naoki Arima fez em livre até depois do teto e sugeriu VIIa. No total são 17 proteções fixas.
DICAS:
- Atenção aos grampos com olhal de lado. Proteger nesses com boca-de-lobo com fita no tarugo!
- Avaliar o estado de conservação de eventuais pitons "fixos", ainda da época da conquista.
- Na enfiada que sai da parada da caverna até a grande laca, o segundo deve fixar a segunda corda na borda da caverna e a outra extremidade desta corda deve ser fixada na parada da laca para facilitar o retorno (nesta enfiada há algumas colocações para proteções móveis opcionais);
- Na última enfiada é possível proteger com Nuts médios e/ou Friends do #.5 ao #2 (equivalente Camalot BD);
- Do cume, é possível rapelar de volta à parada da laca com uma corda de 50 m e vale a pena testar se é possível puxar a corda.
- Cuidado para a corda não agarrar após o rapel!
- Atenção com o segundo ao jumarear o artificial (pedras afiadas).
Por fim, como curiosidade, o nome da via se deve à explosão do fogareiro no platô já da parede do Dedinho.
Fonte: http://www.ace-es.org.br/
Data da conquista: 1996