Montanha: Pedra Riscada

Modalidade: tradicional

Tipo de via: principal

Tipo de escalada predominante: agarras

Extensão: 880 metros

Descrição: Abaixo, adaptação de relato de Cauí Vieira, quando de sua repetição em julho/2019. As três primeiras enfiadas são fáceis, a quarta é um VI mais esticado, e depois facilita novamente começando a diagonal pra direita que cruza a via "Place of Hapiness" e vai até o platô usado pra bivaque. Após o platô, há uma diagonal pra direita, onde cabem algumas peças móveis. Passa-se pela P8 e segue-se pelo trepa-mato pra esquerda até o colo. Este colo é acessado também por uma trilha pelo outro lado da montanha, cujos relatos estimam cerca de três horas de caminhada. Esta segunda parte é vertical, começando com um lance de VIIa, de boas agarras no início, que vão diminuindo ao final. Segue com grampeação relativamente mais próxima, enfiadas longas e de resistência, paradas aéreas, e um final com bastante macambira pra dar uma apimentada a mais na escalada. Há também um lance de VIIc nessa segunda parte, que também começa fácil, depois passa por um diedro sem fenda, até que fica negativo com pequenos cristais até e chegar à parada. As proteções são mais distantes, mas as quedas são limpas. Em seguida, há um trecho de VIIIa, em uma linha super reta. Depois, lance de 7c, mais técnico e com agarras um pouco quebradiças, e um VIsup no mesmo estilo, mas já temperado de macambiras (espécie de bromélias cheia de espinho). Na sequência, uma enfiada de VIsup misto (de agarras e macambiras) e, pra finalizar, um V grau no mesmo estilo (vale levar luvas de jardineiro pra escalar essa enfiada). Depois, a enfiada final já é praticamente em comum com a via a"Place of Hapiness": um quarto grau de 40m sem chapas. Quanto ao rapel, a primeira parte é simples, em linha reta até o colo. No colo não há (ou não foi encontrada) parada fixa, mas apenas os grampos iniciais da primeira enfiada do vertical, e a P8 é bem diagonal pra direita. Do colo, desce-se caminhando, margeando-se a pedra até a última árvore, e dela se faz um rapel curto já pra P7, no platô abaixo, evitando-se assim dois rapéis de corda dupla em diagonal. Obs: cordadas mais velozes e com estratégia diferenciada (ex: escalando-se alguns trechos em simultâneo) podem fazer a escalada em apenas um dia cheio. Dicas: - Foram deixados banquinhos de madeira no platô da P6, atrás da laca, que podem ser usados por quem for fazer a "Place of Hapiness" ou a via "Onde o Vento Faz a Curva". - Algumas peças móveis podem ajudar na proteção da oitava enfiada: Camalots #.4 ao 2. - A segunda parte da via, no vertical, começa no ponto mais alto do colo, em cima de uns bloquinhos de pedra. Não é difícil visualizar os primeiros grampos, que começam em leve diagonal pra direita e depois sobe reto até o cume. - A grampeação na parte final, onde tem as macambiras, permanece reta, mesmo que dê a volta na vegetação, a chapa vai estar na reta. - As paradas são todas em grampos P, exceto a parada do VIIc, que é de chapas com mosquetões.

Fonte: https://cauivc.blogspot.com/2019/07/onde-o-vento-faz-curva-pedra-riscada.html?m=1&fbclid=IwAR3DUb7t5rF7LGHnc6rugewJ5idusJZ--rhS_bYN-txOL0IXKk4xqNhvGFw

Equipamento extra necessário:

• 2 cordas de 60 m
• 20 costuras
• Camalot # .4 ao 2 (opcional)
• Luvas para as enfiadas finais (macambira)